A hora e a vez do m-commerce

Lucia Helena Corrêa     10/01/2013

A experiência do m-commerce, que, há cinco, seis anos, soava remota, por conta da lentidão das redes wireless e da virtual falta de recursos dos dispositivos móveis, finalmente, começa se tornar rotina bem-sucedida. As compras e vendas de produtos e serviços via internet dobraram em 2012, representando 10% da receita total do comércio, contra apenas 5% em 2011, segundo apurou pesquisa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Melhor? Em 2013, o desempenho promete se repetir.

A marca tornou-se possível graças à disseminação dos dispositivos móveis, em especial, os tablets, na versão mais popular – o iPad. As compras realizadas por meio desse equipamento representaram 51% do total do m-commerce. Na segunda posição, figuram as compras via iPhone, 20%, enquanto o conjunto dos demais dispositivos responderam pelos 29% restantes.

O achado é absolutamente coerente: há cinco, seis anos, além da lentidão das redes, a grande queixa dos usuários, na hora de fazer e-commerce se referia à precária qualidade das telas dos celulares: pequenas e de baixa definição, a ponto de, nem sempre, permitir a perfeita visualização daquilo que se estava comprando.

A pesquisa da camara-e.net, ouviu associados do Comitê de Varejo, e confirmou a forte tendência que se mostrava já no primeiro semestre do ano passado, consequência da adoção em massa dos brasileiros aos equipamentos móveis.

Fábio Pereira, coordenador do Comitê de Varejo da camara-e.net, acredita que os números relativos à participação dos equipamentos móveis tende a crescer cada vez mais, resultado do barateamento da tecnologia, tanto dos smartphones quanto do acesso à internet por banda larga e 3G, além da entrada da nova geração no mercado consumidor.

Papai Noel bilionário

No período do Natal, computado entre os dias 15 de novembro e 23 de dezembro, o e-commerce brasileiro, contabilizou a receita de R$ 3,1 bilhões contra R$ 2,6 bilhões, em 2011. O Brasil deve fechar o ano com um total de 43 milhões de e-consumidores e faturamento projetado de R$ 22,5 bilhões, acompanhando o crescimento de 20% esperado para 2012.

O ranking de categorias prediletas também mudou: entre as cinco categorias mais procuradas, os eletrodomésticos ficaram com o primeiro lugar; seguidos de saúde, beleza e medicamentos, ambos em segundo. Novidade surpreendente: o setor de moda e acessórios, que, há cinco anos, nem figurava entre os 20 mais procurados, surge em terceiro lugar. Jornais e revistas ficaram em quarto lugar, seguidos de informática.

O Mobile Playbook, do Google, calcula que, em 10% dos casos, os cliques de busca são feitos por celulares e, no Brasil, os usuários de smartphones já são mais de 27 milhões de pessoas. No YouTube, 75% dos 600 milhões de acessos a vídeos por dia são feitos via celular.

Fonte: Decision Report.

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