Principais tendências de tecnologia para 2014 (Parte I)

Gartner divulga as principais tendências de tecnologia para 2014.

describe the imageEsta é uma postagem especial que pretende levar até você as principais tendências de TI para 2014. Como o assunto é extenso, dividimos em duas partes. Aqui vai a primeira.

O instituto de pesquisa Gartner apresentou recentemente no Gartner Symposium/ITxpo 2013, estimativas e tendências de estratégias tecnológicas para 2014. O Instituto definiu o conceito de “tecnologia estratégica” como aquela que tem potencial de impactar significativamente nas empresas nos próximos três anos. Fatores que denotam esse impacto são o alto potencial disruptivo para a TI ou para a empresa, a necessidade de um investimento financeiro maior ou o risco de atraso na adoção.

As novas tecnologias estão aparecendo e evoluindo rapidamente. Exemplos dessa evolução podem ser encontrados na Cloud Computing, tanto para o público consumidor quanto para as empresas, na mobilidade, com smartphones, tablets e aplicativos cada vez mais populares, na Internet of Everything, que fez surgir a necessidade do IPv6 para conectar mais objetos e pessoas à rede, entre tantas outras tendências.

As tecnologias estratégicas escolhidas pelo Gartner podem ser tanto tecnologias que já existiam e que agora estão em um nível de maturidade suficiente para utilização, ou também uma tecnologia emergente que pode oferecer oportunidade para que as empresas possam adquirir vantagens estratégicas em uma adoção antecipada. Essas tecnologias irão impactar diretamente os planos a longo prazo das organizações, além de seus programas e iniciativas. Lembrando que essas tecnologias não foram citadas devido ao fato de já estarem recebendo investimentos ou sendo adotadas pelas empresas. A lista tem como objetivo apresentar algumas tendências tecnológicas às empresas e CIOs.

Diversidade de dispositivos móveis e gerenciamento

Até 2018, a variedade crescente de dispositivos, de formatos de computação, contextos e paradigmas de interação do usuário vai tornar a estratégia de “Everything Everywhere” difícil de ser alcançada. A conseqüência inesperada dos programas de consumerização de TI (BYOD) é o aumento do tamanho da força de trabalho móvel em até três vezes. Isso está colocando uma enorme pressão sobre as áreas de TI e Finanças.

As empresas ainda têm um logo caminho a percorrer. Políticas de segurança sobre o uso de dispositivos próprios do colaborador precisam ser completamente revistas e, se necessário, ampliadas para atender as mudanças que as novas tecnologias estão trazendo. A maioria das organizações só têm políticas de segurança voltadas para o acesso das redes corporativas através de dispositivos que a empresa possui e gerencia. Definir políticas claras em torno do que os colaboradores podem fazer ou não é outro ponto importante. Dessa forma, é possível balancear flexibilidade com segurança e exigiências de privacidade.

Aplicativos X Aplicações Móveis

Previsões indicam que até 2014 o desempenho melhorado do JavaScript começará a transformar o HTML5 e os navegadores nos principais ambientes de desenvolvimento de aplicações corporativas. Como consequência, desenvolvedores deverão focar na criação de modelos de interface que incluam mais recursos de voz e vídeo, possibilitando conectar pessoas através de novas e diferentes formas. O uso de aplicativos irá crescer e o de aplicações diminuir. Isso porque os aplicativos são mais práticos e fáceis de instalar e as aplicações, apesar de mais completas, são mais pesadas.

Os desenvolvedores vão precisar encontrar formas de criar aplicativos mais sofisticados e eficientes através da união de outros aplicativos com funções diferentes. Juntos, eles deverão complementar e oferecer mais ferramentas para o usuário. Construir interfaces para aplicações que abrangem uma variedade de dispositivos exige um entendimento de peças fragmentadas da construção de apps e uma estrutura de programação adaptável que as reúne em um conteúdo otimizado para cada dispositivo.

Isso significa que o mercado para a criação de apps ainda continuará bem fragmentado pois, segundo estimativas do Gartner, existem aproximadamente 100 potenciais fornecedores de ferramentas do tipo, e não é provável que nos próximos dois ou três anos aconteça a consolidação de alguma ferramenta que seja otimizada para todos os tipos de aplicativos mobile. Outra previsão do Gartner é com relação à próxima evolução da experiência do usuário, que será baseada em emoções e ações, para motivar mudanças no comportamento do usuário final.

A Internet de Todas as Coisas

A Internet está sendo implementada em todos os objetos, seja no mundo corporativo ou no universo do consumidor comum. Carros, televisões, aviões, geladeiras, dispositivos móveis, tudo está sendo conectado à Internet. O problema é que a maior parte das empresas e fornecedores de tecnologia não estão preparados. O Gartner identificou 4 modelos de uso básicos da Internet of Things que estão emergindo:

– Gerenciamento
– Monetização
– Operação
– Ampliação

O interessante é observar que esses modelos podem ser aplicados a pessoas, coisas, informações e lugares. Por esse motivo, a Internet of Things será sucedida pela Internet of Everything, onde tudo estará conectado.

Nuvem Híbrida e TI como Service Broker

Unir Nuvens Públicas Pessoais e serviços de Nuvem Privada Externa é extremamente essencial. As empresas devem desenvolver serviços de Nuvem Privada com o projeto da Nuvem Híbrida em mente e terem certeza que a integração futura e a interoperabilidade das nuvens será possível. E é importante também apontar que o gerenciamento dessas composições será responsabilidade do fornecedor de serviços em Nuvem que lida com a agregação, integração e customização dos serviços. Empresas que estão expandindo para Nuvens Híbridas a partir de serviços de Nuvem Privada, estão se apoiando em fornecedores de serviços de Cloud para que a mudança seja feita de forma eficiente e sem nenhum erro no processo.

No entanto, a maioria dos serviços de Nuvem Híbrida será, inicialmente, muito menos dinâmica. A implantação antecipada de Nuvens Híbridas provavelmente será mais estática, (a integração entre uma Nuvem Privada interna e um serviço de Nuvem Pública para determinadas funcionalidades ou dados, por exemplo). Depois, mais composições de implantação irão emergir à medida que os fornecedores evoluírem (por exemplo, ofertas de infraestrutura privada como um serviço [IaaS], que podem alavancar prestadores de serviços externos que se baseiam na política de segurança e utilização.

Arquitetura de Cloud/Client

Modelos de Cloud/Client estão mudando. E nessa arquitetura, o cliente é uma aplicação rica em execução em um dispositivo conectado à Internet, e o servidor é um conjunto de serviços de aplicações hospedados em uma plataforma de computação em Nuvem cada vez mais elástica e escalável. A Nuvem é o ponto central que controla tudo. Com isso, o sistema e as aplicações podem se estender por vários dispositivos de clientes funcionando da mesma forma em todos eles, seja com um ambiente baseado em um aplicativo nativo do dispositivo ou baseado em um navegador.

Uma outra tendência que algumas empresas estão começando a utilizar, agora que a segurança das redes e das próprias arquiteturas de Nuvem está funcionando com mais qualidade, é a de explorar o espaço de armazenamento do dispositivo do colaborador, devido a capacidades robustas em muitos dispositivos móveis, ao aumento da demanda nas redes, ao custo das redes e à necessidade de gerenciar o uso de largura de banda. No entanto, as demandas cada vez mais complexas de usuários de dispositivos móveis irão conduzir os aplicativos a exigirem quantidades crescentes de computação server-side e de capacidade de armazenamento.

(Fonte: blogbrasil.comstor.com/)

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