Quase todo brasileiro tem celular, mostra estudo

A presença dos telefones celulares entre a população brasileira já se aproxima da de eletrodomésticos como a geladeira e a televisão. Mais de nove em cada 10 brasileiros (ou 94%) possuem um destes aparelhos, sendo que mesmo nas classes de baixo poder aquisitivo (D e E) a presença é massiva (91%).

Os dados são da Kantar Worldpanel Brasil e foram divulgados na semana passada, durante o Global Mobile Internet Conference (GMIC) em São Paulo – evento que explora o impacto econômico global das tecnologias móveis. Segundo Danielle Rossi, analista da Kantar, foram ouvidos 27 mil pessoas no Brasil, o que em termos proporcionais significa 144 milhões de indivíduos, ou 90% dos consumidores potenciais.

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Este crescimento da posse de aparelhos celulares nas classes mais baixas coincide com a redução do número de linhas fixas. “Existe de fato uma migração”, explica Danielle. “Temos um brasileiro cada vez mais conectado, sendo que no primeiro semestre deste ano 57% possuem smartphones, frente aos 49% em 2015.”

A maior parte dos entrevistados considera trocar o aparelho em mais de um ano (80,1% entre os que possuem featurephones). A marca e o modelo do dispositivo é o principal critério de escolha, mas a relação custo/benefício também é importante, principalmente para os que possuem aparelhos mais baratos. Entre os impeditivos de compra estão o custo do smartphone (71,8%), tarifas dos planos de dados (70,9%) e entendimento das vantagens (60%).

Smartphones de até R$ 500 reais são os mais adquiridos, mas os de até R$ 1 mil tem ganhado relevância no mercado nacional, assim como os mais caros. No entanto, os consumidores tem reduzido gastos com operadoras e preferem cada vez mais o WiFi para ganhar acesso à internet (aumento de 40% entre 2014 e 2015). Ainda assim a adoção da internet móvel tem crescido e chegou a 48,7% de share no 3G e 13,5% no 4G.

Fonte: Portal do Canal.

Smartphones serão o principal alvo dos cyber criminosos

Número de usuários atacados subiu de 335 mil em 2013 para 1,3 milhão em 2014, segundo dados da Kaspersky. Desses, 53% foram para roubar dinheiro diretamente.

O aumento de trojans bancários (programas maliciosos para roubar dados de um computador) para dispositivos móveis será o foco principal dos cyber criminosos em 2015 e está no topo das preocupações dos especialistas em segurança virtual. De acordo com dados da Kaspersky, em geral, o número de ataques a usuários da empresa em 2014 quadruplicou em relação a 2013. Foram 335 mil ataques únicos contra donos de smartphone em 2013 e 1,3 milhão em 2014. Desses, 53% foram para roubar dinheiro diretamente.

O ano de 2014 já foi marcado pela ação de vírus criados para roubar dinheiro de usuários de smartphones e tablets, principalmente com sistema Android. Segundo o diretor de Marketing da AVG Brasil, Mariano Sumrell, não existe um sistema mais vulnerável que o outro, mas, por ter mais usuários, a plataforma android é mais visada pelos criminosos. Somente no ano passado foram vendidos quase um bilhão de smartphones Android, aproximadamente 85% do mercado, de acordo com umapesquisa da IDC.

Segundo dados da G Data, fornecedora de soluções de segurança, a marca de 3,5 milhões de novas modalidades de malware (softwares maliciosos) foi ultrapassada pela primeira vez em 2014. Esta tendência continuará e espera-se um aumento em vários tipos de novos códigos maliciosos, com o objetivo principal de roubar informações bancárias, para usuários de computador pessoal e dispositivos móveis.

Mesmo com os smartphones ainda com número de vírus inferior ao computador, Sumrell recomenda já ter um cuidado com o dispositivo móvel igual ao adotado com os desktops. “É preciso procurar protegê-lo igual a um computador. Principalmente por guardar tantas informações pessoais”, disse.

Com isto, especialistas afirmam que a importância de ter um antivírus instalado no smartphone aumenta cada vez mais. “A maioria dos donos de smartphone não está atento à segurança no celular. Mas a ameaça é tão grande que não é mais questão de luxo e sim de necessidade ter um antivírus”, disse o pesquisador sênior de segurança da Kaspersky Lab, Fabio Assolini.

Os aplicativos falsos, que se apresentam como jogo ou ferramenta, mas que tem outra funcionalidade escondida ainda são as maiores ameaças aos smartphones. “Os criminosos aproveitam a falha de segurança e criam esses apps que roubam dados ao serem instalados”, disse Sumrell.

Os trojans bancários, vírus que roubam dados da conta ou do cartão de crédito, estarão no topo da lista das ameaças, como vem acontecendo nos últimos anos. Além dos bancários, o “trojan SMS”, que retira dinheiro através de mensagens, é outro tipo que cresce no país e exige atenção. “Normalmente, o vírus vem junto com falsos aplicativos. O trojan retira o dinheiro aos poucos, descontando dinheiro da sua conta ou do seu credito através de SMS para determinados números sem que o usuário perceba”, disse Assolini.

Douglas Nunes – douglas.nunes@brasileconomico.com.br