5 Habilidades Essenciais para Profissionais de Big Data

Extrair o máximo de valor de seus dados para usá-los de forma certeira e estratégia fazem parte dos desejos de toda empresa. Quanto mais acesso aos dados a empresa tiver, mais qualificados estarão seus processos e mais a frente da concorrência e próxima dos seus clientes ela estará. E para ter acesso a todos esses dados, a empresa precisa ter em mãos os melhores profissionais de TI, que estejam aptos para atender um aumento de volume de referências disponíveis para extrair o máximo de seus recursos. O profissional de dados será cada vez mais requisitado, tendo em vista que as estimativas da IBM para até 2020 é que as informações geradas em banco de dados seja 300 vezes maior do que em 2010. Para isso será necessário dispor de profissionais altamente capacitados para dar suporte nessa nova realidade. Os cientistas de dados são profissionais que o mercado busca a todo tempo. E não só para ficar nos bastidores, executando tarefas críticas de banco de dados. O profissional de hoje precisa não só manipular um grande volume de dados mas também ter uma visão de longo alcance para detectar e interpretar as informações a partir da análise dessas informações. Dessa forma, é possível prever resultados e mitigar riscos e ameaças à corporação. Mas quais outras características um especialista em Big Data precisa ter? A seguir exploramos 5 habilidades essenciais que esses profissionais devem ter e quais as características fundamentais os ajudam em suas tarefas.

 

1.PENSAMENTO CRÍTICO

Antes de fazer qualquer julgamento, o cientista de dados precisa desenvolver o pensamento crítico. Assim, ele consegue não só reunir dados, mas fazer análises objetivas antes de fazer um relatório final. Para isso, é preciso ter sabedoria para ignorar informações irrelevantes e analisar as que realmente importam para o negócio. Essa é uma habilidade que determina a astúcia e o sucesso do profissional de Big Data. Além de ter experiência e intuição, e deixar as crenças pessoais de lado para analisar a situação a olho nu de forma crítica, sem interferências. Trata-se de saber avaliar uma situação com maturidade e vários pontos de vista, de acordo com as diretrizes da empresa que ele está atuando. Somente um profissional analítico com pensamento crítico é capaz de solucionar problemas dessa forma.

 

2. PROGRAMAÇÃO

Códigos não são problemas para esses profissionais. Eles são capazes de lidar com programação e saem ganhando quando se especializam cada vez mais nessa área. A quantidade de dados produzida diariamente requer especialistas em codificações e algoritmos. Para o profissional de Big Data se dar bem, ele precisa ter habilidade em códigos, matemática, algoritmos, saber lidar com grande volume de dados, computação em nuvem, trabalhar com dados em tempo real, árvore de decisão, entre outros. De toda forma, se por acaso o profissional não souber codificar, não é um problema grave. Mas é importante que ele tenha na sua equipe alguém que saiba e atenda essa demanda.

 

3. TECNOLOGIAS

Com o aumento da capacidade computacional e alta conectividade, é preciso que o profissional de Big Data esteja acompanhando de perto as novas necessidades da empresa e que saiba analisar qual tecnologia é a ideal para determinada demanda. Nem sempre a solução será a tecnologia de ponta. Algumas soluções podem até ser bem simples, por isso é recomendado que o profissional tenha um olhar treinado para distinguir isso. Entre as principais tecnologias que o cientista de dados precisa estar de olho são Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Big Data Analytcis e Machine Learning. Todas funcionam online e conseguem aprender de forma contínua. Mesmo assim, o profissional é extremamente requisitado pois é preciso que uma inteligência humana seja capaz de contextualizar esses dados para fazer melhor uso deles.

 

4. ANÁLISE DE RISCOS

Entender como a engenharia da rede funciona é primordial para que o cientista de dados consiga fazer uma análise de risco certeira para a melhoria nos processos da empresa. Grande parte dos processos de TI envolvem riscos e testes. Por isso, ter uma análise de risco bem no início de cada processo pode mitigar os riscos e tornar os procedimentos mais seguros, além de garantir a confiança dos clientes.

 

5. SOLUÇÃO PROBLEMAS

Mesmo que solucionar problemas esteja entre as habilidades mais procuradas em profissionais de Big Data, é interessante que o profissional consiga antecipar tendências. Por isso, construir análises de riscos que prevejam possíveis entraves ainda na fase de desenvolvimento pode ser mais efetivo do que esperar o erro acontecer para consertá-lo depois. Resolver pendências está no escopo de trabalho do profissional de Big Data. Eles já possuem o olhar treinado para analisar os dados de forma a corrigir possíveis erros. Entendem que tipo de ferramenta é ideal para cada caso e, por isso, trabalham de maneira assertiva e rigorosa para alcançar resultados. Basicamente, para ser um grande profissional de Big Data e analisar dados é preciso ter duas grandes características bem contraditórias: inteligência cognitiva para o processamento de dados e uma forte intuição para a solução de problemas.

(Fonte: Westcon)

8 HÁBITOS QUE TODO LÍDER DIGITAL DEVE TER PARA SER EFICAZ

Há muito tempo, um líder digital deixou de ser apenas um técnico de TI capaz de resolver problemas tecnológicos. Os desafios com a Transformação Digital são muito mais relacionados à liderança e gestão de pessoas do que simplesmente implementação de ferramentas. Um líder digital de sucesso é aquele que possui habilidade de visão de futuro, engajamento com as metas, problemas e com a equipe, além da pessoa que tenha conhecimento de gestão e desenvolveu ferramentas pessoais para fazer uma boa governança interna. Entre as muitas habilidades exigidas de um líder digital eficaz, algumas são mais comuns de serem encontradas, como:

1 – Comunicação clara: o gestor sabe o que quer e consegue transmitir de forma clara os comandos, as necessidades e fazer a divisão de tarefas de forma eficiente.

2 – Ser um bom ouvinte: ouvir a opinião da equipe e sugestões de outros departamentos é uma habilidade muito forte desses líderes, que não pensam somente nos seus departamentos, mas buscam soluções em todas as possibilidades.

3 – Desburocratizar processos: agilidade e qualidade nas entregas. Essa é uma das metas diárias dos gestores que tentam facilitar ao máximo o fluxo dos processos, questões de aprovações, definições rápidas, pouco tempo gasto em reuniões desnecessárias e muito mais dedicação na ação.

4 – Contratar perfis inovadores na equipe: o líder de sucesso é o que busca colaboradores para a sua equipe que tenha perfil complementar aos que já estão contratados, mas que também desafiam toda a equipe para que saiam da zona de conforte e busquem novas demandas. Especialistas acreditam que todo o paradigma tecnológico é quebrado porque existe em primeiro lugar uma demanda humana, uma pessoa que precisou de algo que ainda deve ser desenvolvido. Um gestor eficaz busca essas pessoas, as que vão enxergar uma necessidade futura para poder antecipar demandas.

5 – Colocar a mão na massa: apenas coordenar e organizar o processo de trabalho não é possibilidade para os gestores de liderança. Quem tem esse perfil coloca a mão na massa e trabalha junto com a equipe, seja para desenvolver, resolver, compartilhar ideias ou mesmo dar o exemplo para o time.

6 – Aceitar que erros acontecem: mesmo que são feitos vários planejamentos, reuniões de alinhamento, diagnósticos e todo processo parece estar correto, os erros são iminentes. Sejam grandes ou pequenos, sejam erros humanos ou de máquinas e o gestor precisa aceitar que existe essa possibilidade e deve saber trabalhar com frustrações, coordenar uma nova fase do processo e mesmo motivar a equipe para começar um projeto do zero.

7 – Relacionamento interpessoal multinível: diretor só se relaciona com diretor, gerente só com gerente. Errado! Líderes eficazes conhecem os estagiários, as pessoas de outros departamentos, as secretárias e porteiros e sempre buscam ouvir suas opiniões em busca de soluções.

8 – Ter visão de futuro: antecipar a necessidade do negócio e já ter a solução nas mãos é o ideal para esses gestores. Para isso, porém, precisam estar atentos aos movimentos do mercado do segmento ao qual a empresa faz parte, assim como das novas tecnologias que entram diariamente a venda. Devem conhecer de ponta a ponta a infraestrutura tecnológica do negócio e saber quais os gaps, quais os ativos que precisarão de ajustes em breve ou que estão ficando obsoletos, deixando de acompanhar a Transformação Digital. Enfim, é um trabalho árduo. Além de todo o conhecimento técnico adquirido ao longo dos anos, todas as vivências desses gestores são utilizadas nas tomadas de decisão e no relacionamento com outras pessoas.

(Fonte: Canal Comstor)

4 Cargos de TI que Estarão em Alta até 2020

Entre as áreas que se apresentam como promissoras para os profissionais de TI estão os cargos relacionados com experiência do consumidor, design, arquitetura da informação e cultura organizacional.

A área TI, sobretudo com a Transformação Digital, é uma das que mais apresenta crescimento e está em constante desenvolvimento, exigindo novos profissionais de TI para cargos que sequer existiam até então. A revolução digital tem trazido maior dinamicidade à economia, mas também algumas incertezas, sobretudo em relação ao desenvolvimento, manutenção e novas habilidades que os talentos de TI devem apresentar nesse mercado em constante reformulação.   Para se ter uma ideia, somente no Brasil, o setor de TI gera mais de 1,3 milhão de empregos e apresenta um déficit de mais de 48 mil profissionais, que, de acordo com dados da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), se essa carência não for suprida, pode gerar perdas de receita de até R$ 115 bilhões até 2020. Nesse ambiente digital, especialistas indicam algumas carreiras que se apresentam como promissoras para os profissionais de TI sobretudo aquelas que estão relacionadas com experiência do consumidor, design, arquitetura da informação e cultura organizacional.Confira abaixo alguns cargos que estarão em alta até 2020:

1 – Analista de growth hacking: uma denominação recente, o growth hacking pode ser entendido como um novo modelo de estratégia de marketing. O analista dessa nova metodologia, baseada em experimentos para fazer a empresa crescer de forma acelerada, precisa entender de forma bastante aprofundada de análise de dados e ser capaz de associar esse conhecimento a áreas correlatas, como Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data. O objetivo, como apontado acima, é fazer o negócio crescer com rapidez e de forma eficiente. É um novo perfil de profissional que está no radar das empresas nos próximos anos.

2 – Chief Culture Officer: numa adaptação para o português, o termo significa Diretor Executivo de Cultura. Esse profissional deve entender tanto do mercado como da cultura organizacional. Ele tem a missão de mostrar para todos os líderes da empresa, da chefia aos cargos de operação, a importância de uma cultura que defina o DNA do negócio. Na prática, esse profissional deve interpretar a cultura de seu tempo e o comportamento humano, antecipando tendências e orientando a empresa a responder às mudanças do mercado rapidamente, de maneira a tornar o negócio mais inteligente. Walt Disney e Steve Jobs são exemplo desse perfil.

3 – Designer especializado em experiência do cliente: mais um conceito novo: Customer Experience ou na tradução Experiência do Cliente, designa uma área exclusiva das empresas voltadas a entender seus clientes. Evidente que as novas tecnologias de análise de dados trouxeram combustível para o setor, que cada vez mais exige um profissional capaz de transformar a experiência do cliente em todo o processo. Nesse sentido, este designer especializado é o profissional capaz de tornar a experiência do cliente profunda e incrível de ponta a ponta. Como se mimasse o consumidor, levando ele de mãos dadas a encontrar exatamente aquilo que procura.

4 – Especialista de arquitetura em TI e APIs: conhece APIs e micros-serviços como ninguém. Espera-se que esse profissional proponha para os negócios novas tecnologias a serem analisadas, testadas e aplicadas nas soluções já existentes, assim como ser uma referência tecnológica para o time e ajudar a criar as soluções de forma detalhada. O grande desafio das empresas é sair das grandes plataformas e partir para uma arquitetura disruptiva, que possa criar novos aplicativos, capazes de serem integrados com sistemas inteligentes e, por isso, estes especialistas serão buscados para inovarem em processos, buscando soluções futuras.   Em resumo, para se trabalhar com TI hoje em dia, o profissional vai precisar se reinventar, buscando uma visão sistêmica da sua função, além de todo o conhecimento técnico acumulado ao longo de suas experiências.

Fonte: Canal Comstor.

América Latina enfrenta déficit de profissionais de TIC

Praticamente alheio às crises nacionais e internacionais, o mercado de TIC (Tecnologia da Informação e Telecomunicações) da América Latina pode continuar enfrentando um apagão de mão de obra especializada nos próximos anos. A demanda por profissionais irá superar a oferta em 449 mil até 2019, de acordo com um estudo encomendado pela Cisco à IDC.

O Brasil tem a maior lacuna de habilidades em rede da região: somente em 2015, o país teve um déficit de 195 mil profissionais capacitados e empregados em tempo integral, um número que deve diminuir para 161 mil até 2019.

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O estudo The Networking Skills in Latin America foi realizado em 10 países e analisou a disponibilidade de profissionais especializados em TIC na América Latina entre 2015 e 2019. Em 2015 houve uma defasagem de 474.000 profissionais de redes em toda a região e, embora exista um ligeiro decréscimo de 1,4% na demanda prevista em 2019.

O Brasil tem a maior lacuna geral de habilidades para trabalho em rede, tanto em termos absolutos como percentuais. A IDC estima que o mercado de TI no Brasil irá crescer de 2015 a 2019 a uma Taxa Composta de Crescimento Anual (CAGR, na sigla em inglês) de 3%. De acordo com o modelo, o Brasil teve em 2015 uma lacuna de 195.365 profissionais capacitados e empregados em tempo integral, diminuindo para 161.581 em 2019. Esses números representam uma lacuna de 41% em 2015 e 35% em 2019, respectivamente. 59% da lacuna em 2019 deverá ocorrer em tecnologias emergentes.

Segundo o estudo, as tecnologias emergentes requerem trabalhadores qualificados em vídeo, nuvem, mobilidade, datacenter & virtualização, big data, segurança cibernética, Internet das coisas (IoT) e desenvolvimento de software, além das habilidades básicas e em core de rede, tais como: competências em switches e roteadores, segurança de rede, redes sem fio, comunicações unificadas e colaboração.

Além disso, os profissionais de TIC requisitados devem desenvolver outras habilidades não-técnicas, tais como: proficiência no idioma de inglês, trabalho em equipe, resolução de problemas, gerenciamento de projetos, criatividade e inovação, capacidade de comunicação e uma atitude empreendedora. O fato demonstrou que o profissional de redes requisitado no mercado precisa combinar capacidades técnicas e não-técnicas para suportar um ambiente de negócios cada vez mais complexo.

Diversidade
Outro fator medido neste estudo está relacionado com a inclusão da mulher. Em média, a participação feminina no segmento de redes é de 13,3%; atualmente, 15,3% das companhias não tem nenhuma mulher nas suas equipes de redes. De acordo com a Unesco, as mulheres correspondem a 31% da população de estudantes de Ciências da Computação na América Latina. O estudo mostra que ainda há espaço para melhorias na região nesse sentido.

O estudo mostra também uma compreensão mais madura da rede nas empresas no Brasil. 45% das empresas vê a rede como a plataforma que sustenta processos de negócios, um valor mais alto do que a média de 37% da América Latina. Além disso, o investimento em novas tecnologias emergentes no Brasil é considerável. 38% das empresas no Brasil irá investir em projetos de IoT no curto prazo, mais do que qualquer outro país na América Latina. Todos esses fatores contribuem para dificultar a contratação de profissionais de redes com o conjunto adequado de habilidades.

A IDC realizou 760 entrevistas em oito países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, México, Peru e Venezuela.

(Fonte: http://www.portaldocanal.com/)

Como investir em treinamento

“Todos nós adoramos vencer, mas quantas pessoas adoram treinar?”

(Mark Spitz)

* por Tom Coelho

A atividade de treinamento é inerente ao mundo corporativo. Algumas empresas a entendem como imprescindível para o desenvolvimento de seus colaboradores, elevando a produtividade com impacto positivo na última linha do balanço. Já outras companhias a enxergam como símbolo de desperdício – de tempo e dinheiro. E outras tantas apenas a realizam para colorir suas estatísticas de responsabilidade social corporativa a fim de concorrer a prêmios e ganhar títulos.

O fato é que o treinamento é primordial para capacitar, desenvolver, integrar e estimular as pessoas, permitindo-lhes realizar mais com menos, ensinando-as a trabalhar mais inteligentemente. Todavia, um programa formatado sem planejamento pode mesmo representar tempo, dinheiro e energia jogados ao vento.

Por isso, uma questão recorrente é: Como realizar um treinamento produtivo?

1. Palestra ou Treinamento?

O primeiro passo é compreender as diferentes abordagens possíveis.

Uma palestra caracteriza-se por ser um evento de curta duração, podendo se estender desde apenas quinze minutos até duas horas, sendo que convencionalmente gira em torno de 75 a 90 minutos.

Em regra, a palestra é proferida por um único ministrante que a apresenta em formato de monólogo, ainda que muitos profissionais façam uso de diversos recursos para interagir com a platéia, admitindo sua participação.

Diante do tempo disponível, uma palestra tem alcance reduzido, abordando diversos assuntos superficialmente, exceto se o tema for muito específico e de cunho técnico ou científico. Todavia, no universo empresarial, a palestra tem o poder de agir com caráter de sensibilização, buscando promover a reflexão, surpreendendo, provocando e estimulando as pessoas a saírem da zona de conforto para atentar sobre novas possibilidades.

Já um treinamento consiste em um trabalho de maior profundidade que demanda maior dedicação. Evidentemente que a carga horária recomendada depende de variados fatores, podendo transitar de um mínimo de oito horas até cerca de 100 horas ou mais, divididas em módulos exercitados no decorrer de semanas ou meses. Entretanto, diante das dificuldades de agenda das empresas, é comum observarmos a realização de treinamentos com carga de 8 a 16 horas, num sistema de imersão total (cursos de um ou dois dias integrais) ou parcial (cursos de meio período ou realizados à noite).

Um treinamento pode ser conduzido por um único facilitador, não sendo raro dois ou mais profissionais trabalharem em conjunto. Enquanto uma palestra pode ser apresentada para um público diminuto ou para grandes platéias, um treinamento, a fim de ser bem sucedido, deve considerar grupos menores, com um máximo de 50 participantes por turma, sendo desejável até a metade deste número em muitos casos.

O propósito de um treinamento é mais do que sensibilizar. Espera-se desenvolver nos participantes a habilidade de desempenhar uma determinada tarefa com desenvoltura e segurança. Isso justifica a recomendação de grupos menores, pois um treinamento deve contemplar a realização de atividades individuais e coletivas para fixação dos conceitos ilustrados. Não basta ao participante ouvir e falar. É imprescindível fazer.

Há outras modalidades de trabalho derivadas das anteriores, como por exemplo, os chamados workshops, que nada mais são do que mini-treinamentos com cerca de quatro até oito horas de duração.

Entre contratar uma palestra ou um treinamento, a empresa deve considerar seus objetivos e orçamento. Assim, para divulgar um novo conceito, reforçar um procedimento ou festejar uma conquista, a contratação de um palestrante é suficiente e adequada. Já para a implantação de projetos e desenvolvimento de competências, um treinamento faz-se necessário.

2. Planejando o Evento

Qualquer que seja a modalidade de trabalho escolhida, a ausência de um planejamento detalhado é o caminho mais curto para o fracasso. É dentro deste contexto que colhemos tempo perdido, investimento sem retorno e funcionários desestimulados.

O filme “Como Fazer o Treinamento Valer a Pena”, distribuído com exclusividade no Brasil pela Siamar, apresenta uma eficiente metodologia de planejamento para eventos de treinamento corporativo. A proposta básica consiste em gerenciar o antes, o durante e o depois do evento.

2.1. Antes do Evento

É responsabilidade do gestor levantar necessidades e objetivos que pretende atingir. Isso já sinalizará inicialmente qual modalidade de trabalho contratar.

Se o motivo for premiar os resultados alcançados pela força de vendas, a melhor opção é uma palestra com abordagem motivacional e até lúdica, pois o momento é de celebração. Porém, se os resultados estão insatisfatórios, a mesma palestra com perfil motivacional deve primar pelo conteúdo, buscando de forma envolvente apresentar técnicas que possam ser colocadas em prática com o intuito de auxiliar na reversão dos resultados adversos.

O local do evento também é importante. Muitos trabalhos podem ser realizados in company, dentro das instalações da própria empresa, minimizando custos com deslocamento e infra-estrutura. Contudo, treinamentos com imersão merecem um ambiente neutro, fora dos muros da corporação, para incentivar os participantes a se desligarem da rotina e entregarem-se de corpo e alma à atividade.

A contratação da empresa ou profissional que conduzirá o trabalho deve considerar formação, experiência, referências e, em especial, capacidade de personalização do serviço. Converse com o profissional. Observe se há a preocupação em conhecer o perfil dos participantes e os objetivos delineados pela empresa. Nada leva mais ao descrédito que uma apresentação que nitidamente não foi preparada para a audiência que a assiste. São os famosos “enlatados”, trabalhos padronizados que são indistintamente levados à apreciação de empresas de todos os portes, de todos os segmentos e para públicos de todas as idades, graus de escolaridade e níveis hierárquicos. A customização é um fator crítico de sucesso, pois cada empresa e cada público têm características próprias que exigem abordagens diferenciadas.

Definidos tipo de evento, objetivos e empresa contratada, é fundamental orientar e aconselhar os colaboradores. O grande erro neste estágio reside em enviar as pessoas para o treinamento sem prepará-las. Por isso, explique a necessidade do evento. Diga abertamente porque a empresa está investindo tempo e dinheiro na atividade. Demonstre claramente suas expectativas de melhoria no desempenho. E, sempre que possível, explicite como será feito o acompanhamento pós-evento, evidenciando que a proposta básica é utilizar efetivamente o aprendizado no dia-a-dia da empresa. Isso derruba a mística de que a atividade é um mero evento social, desconectado da realidade da companhia e que no dia seguinte não se lembrará de nada do que foi visto.

2.2. Durante o Evento

Há uma regra entre os organizadores de evento que diz: “Só termina quando acaba”. De fato, até que todos tenham partido, nenhum detalhe pode ser negligenciado. Isso envolve, por exemplo, a estrutura física. Cadeiras desconfortáveis, baixo índice de luminosidade, ar condicionado desregulado, acústica deficiente, são fatores que comprometem a atenção dos participantes.

Os equipamentos solicitados pelo palestrante ou facilitador devem ser previamente checados. Atenção com pilhas e baterias usadas, pois podem falhar no momento da apresentação, prejudicando a qualidade do áudio. A sugestão é utilizar sempre peças novas.

Horários precisam ser respeitados e intervalos regulares devem ser previstos para café e refeições, sempre com escolha de cardápio adequado. Em treinamentos com imersão, é comum e mesmo aconselhável a realização de uma confraternização. Mas esta deve ocorrer apenas ao final do encontro, nunca na noite anterior ao último dia de evento, por exemplo, pois os efeitos de uma noite com poucas horas de sono e o provável consumo de álcool impactarão negativamente no rendimento da equipe.

Uma ocorrência comum observada é a ausência de um colaborador no evento sob a alegação de que gostaria de participar, mas sua caixa de entrada está cheia. Barreiras ambientais desta espécie precisam ser superadas com a ajuda da liderança. Agendas devem ser flexibilizadas, escalas remanejadas, todos os esforços empreendidos no sentido de possibilitar a inclusão de pessoas identificadas como target para o treinamento.

Por fim, não meça esforços no sentido de subsidiar o evento com a máxima qualidade. É lamentavelmente comum encontrarmos materiais pirateados sendo utilizados o que denota grande incoerência com o propósito do treinamento e possivelmente com a própria carta de valores da companhia.

2.3. Após o Evento

Concluída a atividade é importante verificar se as metas foram atingidas. O primeiro instrumento é uma pesquisa de satisfação que deve idealmente ser aplicada ainda durante o evento, ao seu término. Pesquisas respondidas posteriormente perdem em representatividade, posto que deixam de captar o momento vivenciado pelo participante.

Uma segunda mensuração deve investigar se houve melhora no desempenho e na produtividade em decorrência do treinamento realizado. Porém, isto só é possível se um pré-teste tiver sido realizado antes do evento.

Nesta etapa, cabe novamente ao líder identificar no colaborador as vantagens do treinamento, demonstrando-lhe pontualmente o progresso auferido. É a hora certa para recompensá-lo, sempre ressaltando que a remuneração financeira não é o único e nem sempre o melhor expediente para reconhecer e fidelizar talentos.

Mas como o trabalho não cessa, é significativo também reafirmar periodicamente os conceitos e aprendizados, a fim de promover a melhoria contínua. Um bom instrumento de apoio, nestes casos, pode ser o e-learning.

3. Conclusão

A realização de palestras e treinamentos é uma atribuição das corporações. Afinal, considerando-se a crise do ensino em nosso país e um modelo de desenvolvimento sócio-econômico que transfere muitas responsabilidades do Estado para as empresas, o trabalho de capacitação dos trabalhadores ganha relevância como pré-requisito na busca pela competitividade.

Mas sem planejamento adequado que identifique por que fazer o treinamento, quando e onde realizá-lo, quem participará, quem ministrará, quanto será investido, como será mensurado o resultado e o que empresa e colaboradores ganharão com a atividade, corre-se o risco de efetivamente ver tempo e dinheiro desperdiçados.

(www.sobreadministracao.com/como-investir-em-treinamento/)