O Investimento na Felicidade

A discussão sobre felicidade no trabalho que venho propondo talvez pareça soft demais. Não é. Bastam uns poucos dados sobre a epidemia de infelicidade que assola organizações do mundo todo para demonstrar que o assunto é economicamente relevante.
O Gallup calculou o custo da crise de desengajamento americana em US$ 300 bilhões anuais, referentes à perda de produtividade. Empregados altamente engajados perdem, em média 7,6 dias por ano em “presenteísmo” (presentes de corpo no trabalho, mas não de alma). Seus colegas desengajados perdem quase o dobro: 14,1 dias por ano.
No Brasil, US$ 42 bilhões anuais são perdidos por baixo engajamento. A julgar por uma pesquisa da Towers Watson em 16 países, divulgada em julho de 2012, até que não estamos tão mal. Internacionalmente, 65% dos trabalhadores estão desengajados. No Brasil, são “apenas” 30%.
Muita gente está infeliz porque trabalha “no escuro”. Segundo a pesquisa da Towers Watson, no Brasil, 46% dos funcionários dizem não conhecer as metas das empresas onde trabalham. E 44% dizem que não sabem o que precisam fazer para ajudar a companhia a atingir seus resultados.
Outro fator de infelicidade é o descasamento entre valores pessoais e corporativos. Uma pesquisa da Bain & Company com 750 profissionais de seis países revelou que 15% dos executivos já aceitaram redução no salário para trabalhar em empresas que adotam práticas sustentáveis.
Há, ainda, o desconforto com jornadas de trabalho e demandas 24X7. No grupo das principais economias do planeta, os executivos brasileiros são os mais insatisfeitos com o equilíbrio entre vida familiar e dedicação profissional.
Demonstrado o prejuízo e as causas, cabe sustentar que ser feliz, como organização, é estratégico.
Raj Sisodia, um consultor indiano radicado nos EUA, comparou a valorização das ações de dois grupos de companhias americanas entre 1996 e 2011. As “empresas conscientes”, compromissadas igualmente com todos os seus stakeholders (funcionários incluídos), acumularam 1.646%. As 500 companhias mais negociadas na Bolsa de Nova York valorizaram 157% no mesmo período.
As tais empresas conscientes têm vantagens como menos processos trabalhistas e menos gastos com marketing. Para elas, “a alma é a propaganda do negócio”, como diz o consultor César Sousa.
Nas 100 melhores empresas para trabalhar, as palavras que os funcionários mais relacionam a suas companhias são “pessoas”, “família” e “tempo”. “Pagamento” ocupa apenas a 81ª posição.
FONTE: CorpTV

Estresse que afeta o trabalho pode ser evitado

Trabalhar sob pressão é o que mais atrapalha a vida do brasileiro

Gabriela Paniago – Estação Sebrae On-line, Ed. 91

O estresse já se tornou algo normal no cotidiano de um empreendedor, e até mesmo, apenas estar inserido no mundo dos negócios, em algum momento pode trazer preocupações diárias. O importante é saber controlar as emoções para não deixar que isso atrapalhe as atividades profissionais.

Para evitar o estresse, além de se preocupar com o salário no fim do mês, o trabalhador deve buscar algum incentivo no que faz, ou seja, algo que lhe dê prazer de acordar todas as manhãs para se dedicar ao emprego. A consultora de Recursos Humanos e Psicóloga, Marcia Bellé, orienta como evitar o estresse nesses momentos: “cuidando as condições de trabalho para que sejam as melhores possíveis, isso inclui fatores como horários, quantidade de funções, e até mesmo equipamentos, móveis, iluminação, estrutura adequada e principalmente, cultivar um bom clima organizacional”.

Trabalhar de forma mais eficiente e com foco ajuda a alcançar mais resultados e aproveitar os bons momentos do trabalho sem estresse. As consequências que a má distribuição das tarefas profissionais podem gerar são inúmeras, tanto para o trabalhador, como para a empresa, influenciando até mesmo no atendimento aos clientes. Além disso, a produtividade e criatividade se tornam baixas, os conflitos tendem a aumentar, assim como a quantidade de afastamento ou funcionários com atestados.

Um estudo nacional da Trabalhando.com, realizado com 451 pessoas concluiu que estar sob pressão é a principal causa de estresse para 28% dos profissionais brasileiros. Equipamentos inadequados e mau humor dos colegas vêm logo em seguida neste ranking. Logo abaixo, com 10% dos resultados está: trabalhar mais horas do que deveria e receber um salário menor que de outros.

Todos os fatores que influenciam na qualidade de vida dos profissionais podem ser revertidos com algumas dicas. Estar cercado de pessoas positivas ajuda a ter bons pensamentos e não desistir das metas. Ao manter o foco, vise objetivos alcançáveis para não se desesperar. Metas são necessárias, mas não podem atrapalhar com pressão excessiva.

Para a psicóloga, Márcia Bellé, é possível não se sobrecarregar no mundo dos negócios respeitando os limites, organizando o tempo e cuidando da saúde. “O corpo humano funciona como uma máquina, e por isso também precisa abastecer (cuidados com a alimentação), descansar (repouso) e revisar (lazer)”, complementa a consultora.

Fonte: Sebrae